O ano de 2024 foi marcante para as operadoras de planos de saúde no Brasil, com um lucro líquido total de R$ 10,192 bilhões, representando um aumento significativo de 429% em comparação ao ano anterior.
Este crescimento expressivo foi divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e destaca o melhor desempenho do setor desde o início da pandemia de coronavírus em 2020.
Quais foram os principais fatores para o aumento dos lucros?
Entre os fatores que contribuíram para este resultado estão a redução na sinistralidade e o reequilíbrio das contas pós-pandemia.
A sinistralidade, que mede o quanto das receitas são gastos com despesas médicas, caiu para 82,2% no último trimestre de 2024, a menor taxa desde 2018. No acumulado do ano, a sinistralidade foi de 83,8%, comparável aos níveis pré-pandemia.
Outro fator foi a reorganização financeira das empresas, que incluiu fusões, aquisições e cortes de custos. Além disso, houve um esforço significativo para combater fraudes e cancelar planos coletivos de forma unilateral, prática conhecida como “higienização de carteira”.
Outro fator relevante foi a receita proveniente de aplicações financeiras, que totalizou R$ 120 bilhões em 2024. Este montante foi influenciado por um cenário de juros altos, que beneficiou as operadoras com investimentos financeiros robustos.
Quais foram os maiores lucros entre as operadoras em 2024?
De acordo com os dados divulgados pela ANS, as operadoras que mais se destacaram em termos de lucro em 2024 foram:
- Seguradora SulAmérica – R$ 2,1 bilhões
- Seguradora Bradesco Saúde – R$ 1,5 bilhão
- Medicina de grupo NotreDame – R$ 850 milhões
- Medicina de grupo Hapvida – R$ 785 milhões
- Medicina de grupo Amil – R$ 620 milhões
- Cooperativa Unimed Belo Horizonte – R$ 390 milhões
- Seguradora Porto Seguro – R$ 349 milhões
- Seguradora Unimed – R$ 312 milhões
- Medicina de grupo Samedil (MedSênior) – R$ 297 milhões
- Medicina de grupo SulAmérica – R$ 259 milhões.
Como a ANS está monitorando o setor?
A ANS tem desempenhado um papel fundamental no monitoramento dos indicadores econômico-financeiros do setor de saúde suplementar.
O objetivo é garantir que a recuperação financeira das operadoras resulte em maior previsibilidade e solidez, sem comprometer o equilíbrio entre receitas e despesas assistenciais.
O que esperar para o futuro das operadoras de saúde?
O futuro das operadoras de planos de saúde no Brasil parece promissor, com uma trajetória de recuperação e crescimento contínuo.
A expectativa é que as empresas continuem a se adaptar às mudanças do mercado, implementando estratégias financeiras eficazes e garantindo a qualidade do atendimento aos beneficiários.