A Amazônia, com sua vasta biodiversidade e mistérios naturais, é também lar de alguns dos açudes mais perigosos do Brasil. Entre esses locais, destaca-se o açude da Comara, em Tabatinga (AM), conhecido por sua história de mortes misteriosas e lendas urbanas.
Situado ao lado da pista de pouso do Aeroporto Internacional de Tabatinga, o açude possui águas verdes que refletem a paisagem amazônica, atraindo a curiosidade e o fascínio de moradores e turistas. No entanto, além da beleza, o açude da Comara esconde perigos que despertam medo e especulações entre os habitantes locais.
O açude da Comara, formado a partir da extração de terras para obras locais, como a Avenida da Amizade, é cercado por histórias de mortes inexplicáveis e acontecimentos sobrenaturais. Ao longo dos anos, o local registrou várias mortes de causas desconhecidas, além de ser palco de acidentes e assaltos, principalmente devido à falta de iluminação e segurança na área.
A estrada que circunda o açude é um ponto crítico, especialmente à noite, quando o tráfego é reduzido e a escuridão alimenta os temores de assaltos e avistamentos de figuras misteriosas, como a famosa “loira da estrada”.
Além disso, há relatos de animais perigosos que habitam as águas do açude, como uma suposta cobra sucuri e um enorme poraquê, um peixe elétrico que pode ser fatal. Essas criaturas contribuem para a aura de mistério que envolve o local e são frequentemente apontadas como possíveis causas das mortes misteriosas registradas ao longo dos anos.
Em 2010, a área foi fechada pela INFRAERO devido aos frequentes incidentes, e um muro foi construído para impedir o acesso de banhistas, reforçando a ideia de que o açude é um lugar perigoso e a ser evitado.
Animais Perigosos nos Açudes da Amazônia
A fauna dos açudes e rios da Amazônia também representa um perigo significativo para aqueles que se aventuram em suas águas. Entre as espécies mais temidas estão o candiru, conhecido como “peixe vampiro”, e as piranhas, ambos com reputações que inspiram cautela.
O candiru, por exemplo, é famoso por sua habilidade de penetrar orifícios do corpo humano, atraído pelo fluxo de urina, causando danos consideráveis. Já as piranhas são conhecidas por seus ataques ferozes e são comuns em muitas áreas da Amazônia, incluindo o lago do Manso, em Mato Grosso, onde relatos de mordidas são frequentes, especialmente durante a temporada de reprodução.
Outro peixe perigoso é o poraquê, ou enguia elétrica, capaz de gerar choques elétricos com voltagem suficiente para paralisar ou até matar um ser humano.
Relatos de ataques de poraquês na região, como o caso recente de um jovem que ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado após um choque, ilustram os riscos associados a esses animais. Portanto, conhecer esses perigos é essencial para quem planeja visitar ou nadar em açudes e rios da Amazônia.
Precauções para evitar perigos nos Açudes Amazônicos
Diante dos perigos naturais e das histórias de mistério que cercam os açudes da Amazônia, é crucial adotar medidas de segurança para evitar incidentes. Evitar nadar em áreas conhecidas por serem habitat de animais perigosos, como o açude da Comara, é uma recomendação fundamental.
Além disso, respeitar os alertas locais, como os emitidos pelo governo de Mato Grosso em relação às piranhas durante a época de reprodução, pode prevenir ataques. Em locais onde há relatos de ataques de animais, como piranhas e poraquês, é aconselhável evitar entrar na água ou usar roupas de proteção.
A Amazônia, com sua exuberância e mistérios, é um destino fascinante, mas exige respeito e cautela. Os açudes da região, apesar de belos, escondem perigos que podem ser fatais para os desavisados. Conhecer a fauna local e respeitar as tradições e alertas dos moradores é essencial para garantir uma visita segura a essa parte única e selvagem do mundo.
