A previsão do tempo para a semana entre os dias 10 e 14 de fevereiro mostra uma alta instabilidade em várias partes do Brasil.
A presença de uma frente fria intensa no Sul do país e o fortalecimento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) são fatores que vão moldar o clima, trazendo chuvas volumosas e risco de tempestades em diferentes regiões.
O que muda no Sul com a nova frente fria?
No Sul do Brasil, a semana começou de forma estável, mas uma nova frente fria a partir de terça (11) mudou esse cenário.
O Rio Grande do Sul deve enfrentar tempestades acompanhadas de granizo e fortes ventos, com velocidades superiores a 100 km/h, que podem provocar a queda de árvores e interrupções de energia elétrica.
Essa frente fria avança também para Santa Catarina e Paraná, onde o acúmulo de chuva pode superar 100 mm, aliviando a seca em algumas áreas, embora traga riscos para a infraestrutura agrícola.
Como o Sudeste será afetado pelas condições climáticas?
No Sudeste, as condições de instabilidade começam a recuar, exceto por algumas chuvas isoladas no litoral do Espírito Santo e na região central de São Paulo.
Minas Gerais e Rio de Janeiro terão um clima mais seco. Contudo, o Triângulo Mineiro e parte de São Paulo ainda estão sob a influência de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), capaz de provocar temporais, com chuvas intensas, ventos de até 70 km/h e granizo, acumulando mais de 100 mm de chuva em alguns locais, o que aumenta o risco de alagamentos.
Quais são as perspectivas para o Centro-Oeste e Norte?
No Centro-Oeste, a combinação de calor e umidade continua a favorecer pancadas de chuva, especialmente em Mato Grosso, Goiás e norte de Mato Grosso do Sul. A situação contrasta com algumas áreas de Minas Gerais, onde a influência do VCAN traz instabilidade.
No Norte, a umidade alta e o calor estão favorecendo a formação de nuvens carregadas, resultando em temporais nas cidades de Manaus, Porto Velho, Rio Branco e Macapá.
Isso traz chuvas volumosas para o Pará e para o oeste e norte do Tocantins, com potencial para acumulados acima de 150 mm, que podem afetar as atividades agrícolas, especialmente no Pará e em Rondônia.
Como a ZCIT afeta o Nordeste?
No Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical está intensificando as chuvas no Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
Prevê-se que algumas áreas acima do norte do Maranhão e Piauí recebam mais de 100 mm de chuva, podendo causar alagamentos localizados. Entretanto, o sertão nordestino continuará quente e seco.