Durante o Fórum Econômico Mundial de 2025 em Davos (Suíça), David Vélez, o cofundador do Nubank, destacou uma mudança significativa no cenário econômico global em relação ao Brasil.
Segundo Vélez, a confiança dos investidores internacionais no país tem diminuído devido ao cenário fiscal instável, resultando na queda do Brasil como prioridade econômica.
No passado, o Brasil foi uma evidência do seu potencial de crescimento de consumo, mas as mudanças fiscais atuais reduziram consideravelmente esse interesse.
Nubank e o desejo de internacionalização
O Nubank está localizado firmemente na América Latina, acumulando uma base de clientes superior a 110 milhões. Com um olhar no futuro, a fintech planeja expandir sua operação internacionalmente, focando mercados como os Estados Unidos, a África e o Sudeste Asiático.
A recente injeção de US$ 150 milhões no Tyme Group, atuante na África do Sul e Filipinas, é parte essencial dessa estratégia. Vélez destacou que esses mercados oferecem grandes oportunidades de expansão, principalmente por sua dinâmica econômica positiva e potencial de consumo.
Quais são os planos do Nubank para o México e o Brasil?
No México, onde o Nubank possui 10 milhões de clientes, a meta para 2025 é consolidar essa base e expandir além. No Brasil, que representa uma parcela significativa do mercado adulto, a fintech foca em aprimorar suas operações em meio aos desafios econômicos locais, como juros elevados.
O Nubank acelerou a diversificação de seus serviços financeiros, incluindo o lançamento de produtos como empréstimos consignados e serviços de telefonia em colaboração com a Claro.
Enquanto o valor médio dos empréstimos pessoais do Nubank varia entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, eles também oferecem crédito através de Pix com valores menores.
O futuro do Nubank
Com a ambição de ser a principal instituição financeira para a maioria de seus clientes, o Nubank chega a considerar mais de 60% a conta da fintech como principal. Mesmo diante de um cenário econômico complexo, Vélez não prevê uma crise de inadimplência iminente.
Para enfrentar os desafios domésticos e ao mesmo tempo novos horizontes internacionais, um aspecto crítico estabilizará o ambiente fiscal brasileiro. Essa estabilidade poderá restabelecer a confiança dos investidores e fomentar um crescimento econômico sustentável.
Em suma, ao mesmo tempo que o Nubank navega pelas adversidades no Brasil, a expansão planejada para novos mercados representa não apenas uma estratégia de diversificação, mas também uma resposta necessária para continuar seu desenvolvimento global robusto.