Em março, o custo da cesta básica apresentou aumento em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As regiões do sul do país, especialmente Curitiba, registraram as maiores elevações, enquanto algumas cidades do Nordeste observaram reduções.
São Paulo destacou-se como a capital com o maior valor da cesta básica, atingindo R$ 880, seguida pelo Rio de Janeiro e Florianópolis.
Em contraste, as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, apresentaram os menores valores médios, com Aracaju registrando o menor custo.
Impacto do custo da cesta básica no orçamento familiar
Quando se compara o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, observa-se que, em média, 52,24% do rendimento mensal do trabalhador foi destinado à aquisição de produtos alimentícios básicos em março.
Esse percentual representa uma leve redução em relação ao mesmo período do ano anterior. A alta nos preços dos alimentos impacta diretamente o poder de compra das famílias, especialmente aquelas de baixa renda.
Quais produtos influenciaram o aumento dos preços?
O aumento no custo da cesta básica foi impulsionado principalmente pela alta nos preços de produtos como café em pó, tomate e leite integral.
O café em pó, por exemplo, teve aumento em todas as capitais pesquisadas, enquanto o tomate e o leite integral subiram em 13 e 10 capitais, respectivamente.
Por outro lado, itens como carne, óleo de soja e arroz agulhinha apresentaram queda nos preços na maioria das cidades.
Qual o salário mínimo necessário para manter uma família?
Com base na cesta básica mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.398,94.
Esse valor é 4,87 vezes o salário mínimo vigente de R$ 1.518. Em comparação, em 2024, o valor necessário era de R$ 6.832,20, ou 4,84 vezes o salário mínimo da época, que era de R$ 1.412.