As tarifas de energia elétrica no Brasil estão previstas para aumentar em média 3,5%, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Este aumento é considerado inferior à inflação projetada para o ano, que está estimada em 5,6% para o IPCA. No entanto, os consumidores devem se preparar para possíveis cobranças adicionais devido ao sistema de bandeiras tarifárias.
O ajuste nas tarifas reflete principalmente o aumento nos custos de distribuição de energia e encargos setoriais. Apesar disso, uma redução nos componentes financeiros da tarifa pode aliviar parte desse impacto.
Bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para ajustar os custos de geração de energia de forma mais imediata.
As bandeiras são classificadas em verde, amarela e vermelha, cada uma representando um nível de custo adicional. A bandeira verde indica condições favoráveis, enquanto a amarela e a vermelha sinalizam custos mais elevados.
Em maio, espera-se que a bandeira amarela seja acionada, adicionando custos extras à conta de luz. Este cenário é influenciado por fatores como o início do período seco, que afeta a geração hidrelétrica, e mudanças no modelo de precificação de energia.
Expectativas para o ano
Analistas preveem que as bandeiras vermelhas podem ser acionadas entre junho e outubro, resultando em cobranças adicionais significativas.
Isso ocorre devido ao aumento dos custos de geração e à necessidade de gerenciar os recursos hídricos de forma eficiente. A expectativa é de que a bandeira verde retorne em dezembro.
Consultorias especializadas, como a Ampere, também projetam um cenário de bandeiras vermelhas durante grande parte do ano, com a possibilidade de retorno à bandeira amarela no final do ano. Essas previsões são baseadas em análises do mercado de energia e das condições climáticas.
Fatores que influenciam as tarifas de energia
Vários fatores contribuem para a definição das bandeiras tarifárias, incluindo o preço spot de energia e o risco hidrológico.
O risco hidrológico, em particular, expõe os geradores hidrelétricos a variações no mercado de curto prazo. Em 2024, por exemplo, a bandeira verde prevaleceu até julho, quando foi substituída pela amarela, retornando à verde em dezembro.
Esses ajustes são essenciais para garantir que os custos de geração sejam repassados de forma justa aos consumidores, incentivando o uso consciente e eficiente da energia elétrica.
A conscientização sobre o consumo de energia é fundamental para mitigar os impactos das variações tarifárias ao longo do ano.