Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo no número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em mulheres adultas.
Essa condição, que afeta a forma como as pessoas interagem socialmente e se comunicam, não é uma doença, mas sim uma característica que pode variar em intensidade e manifestação.
O aumento dos diagnósticos pode ser atribuído a uma maior conscientização e compreensão sobre o autismo, bem como a um maior acesso a serviços de saúde mental.
De acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em 2020, uma em cada 36 crianças foi diagnosticada com autismo, refletindo uma tendência de aumento que também se observa em adultos.
Quais são os níveis de suporte no TEA?
O Transtorno do Espectro Autista é classificado em três níveis de suporte, que indicam a quantidade de assistência necessária para a realização de atividades diárias.
O nível 1 requer suporte mínimo, enquanto o nível 3 indica uma necessidade significativa de apoio. Muitas mulheres adultas diagnosticadas tardiamente com TEA se enquadram no nível 1, conseguindo adaptar-se ao ambiente escolar e profissional, apesar das dificuldades.
Adultos com autismo têm direito a benefícios assistenciais?
Adultos diagnosticados com autismo podem ter acesso a diversos benefícios assistenciais do governo, especialmente se conseguirem comprovar que a condição afeta sua capacidade de trabalho.
Esses benefícios podem incluir isenções fiscais, como descontos em impostos e passe livre em transporte público, além de prioridade em serviços públicos.
No entanto, nem todas as pessoas com TEA são elegíveis para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que exige comprovação de incapacidade e vulnerabilidade econômica.
O BPC destina o valor de um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência que não conseguem se sustentar, e o cálculo da renda per capita familiar é um dos critérios para sua concessão.
Como é calculada a renda per capita para o BPC?
Para determinar a elegibilidade ao BPC, é necessário calcular a renda per capita da família.
Se a renda per capita for inferior a um quarto do salário mínimo, a família pode ser considerada em situação de vulnerabilidade econômica, um dos requisitos para a concessão do BPC.
O impacto do diagnóstico tardio de autismo em mulheres
O diagnóstico tardio de autismo em mulheres pode ter um impacto significativo em suas vidas, proporcionando uma nova compreensão de suas experiências e desafios.
Muitas vezes, essas mulheres passaram anos sem saber o motivo de suas dificuldades sociais e de comunicação, o que pode ter levado a diagnósticos incorretos ou à falta de apoio adequado.
Com o aumento da conscientização sobre o TEA, espera-se que mais mulheres possam receber o diagnóstico correto e o suporte necessário para melhorar sua qualidade de vida.