O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrenta um desafio contínuo no Brasil: a longa fila de espera para a análise de requerimentos de benefícios.
Desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o número de pedidos pendentes tem sido uma preocupação constante. Em novembro do ano passado, o número de requerimentos aguardando análise era de 1.985.090, aproximando-se do recorde registrado durante o governo de Jair Bolsonaro.
Apesar de uma redução inicial no primeiro semestre de 2024, a fila voltou a crescer a partir de julho, coincidindo com uma greve dos funcionários do INSS.
Por que a fila do INSS continua crescendo?
Um dos principais motivos é a greve dos funcionários que ocorreu em 2024, paralisando parcialmente as atividades do órgão. Além disso, o aumento no número de requerimentos e a complexidade dos processos de análise também são fatores determinantes.
O presidente Lula e o ministro da Previdência, Carlos Lupi, têm feito declarações públicas sobre a situação. Ambos reconhecem a dificuldade em resolver o problema rapidamente, citando a necessidade de mais recursos e melhorias nos processos internos.
Quais medidas estão sendo tomadas para reduzir a fila?
Em resposta à crescente fila de espera, o governo anunciou uma “ação extraordinária” em fevereiro. Esta iniciativa envolve a designação de 500 funcionários para trabalhar exclusivamente na análise de requerimentos pendentes por um período de 90 dias. O objetivo é acelerar o processo de concessão de benefícios e reduzir o tempo de espera médio.
Além disso, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que o tempo médio para concessão de benefícios deverá cair para 30 dias até o final do primeiro semestre de 2025.
O sucesso dessas iniciativas dependerá da alocação adequada de recursos, da modernização dos sistemas de análise e da capacidade de resposta às demandas crescentes da população.