O café é uma das bebidas mais consumidas mundialmente e, no Brasil, ocupa um lugar especial no dia a dia dos brasileiros.
Dada essa presença contínua na vida de milhões de consumidores, discutir a qualidade e segurança do produto tornou-se fundamental, especialmente considerando as recentes questões de saúde pública relacionadas à produção e comercialização do café.
Papel da Anvisa na proteção do consumidor
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desempenha um papel fundamental na supervisão dos padrões de qualidade dos alimentos comercializados no Brasil.
Seu objetivo é garantir que os produtos atendam não somente às normas de segurança alimentar, mas também sejam eficazes do ponto de vista nutricional.
No que se refere ao café, a Anvisa estabelece controles rigorosos na sua produção, não só para evitar contaminações, mas também para assegurar que ingredientes não permitidos sejam rigorosamente eliminados da cadeia de produção.
Quais marcas de café enfrentam suspensões?
Em um esforço recente para proteger a saúde dos consumidores, a Anvisa suspendeu temporariamente a venda de algumas marcas de café.
Esta ação foi motivada pela descoberta de substâncias não autorizadas nos produtos, que poderiam representar riscos para a saúde pública. As marcas afetadas por esta suspensão incluem:
- Kit Café Sensorial – Manhã + Tarde + Noite
- Café Orange California Em Grãos
- Café Lime Kush Grãos
- Café Berry White Decaf Em Grãos
- Café Berry Night Decaf Moído
- Café Orange California Moído
- Café Morning Kush Moído
- Café Sunset Califórnia Moído
A retirada desses produtos foi imediata, como precaução para evitar a exposição dos consumidores a compostos não verificados.
Aumento no preço do café
Indo além das suspensões dessas marcas por irregularidades, o mercado de café enfrentou uma reação significativa nos preços ao longo dos últimos meses de 2024. Conforme relatos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do grão moído subiu expressivos 50,35% nos últimos 12 meses.
As condições climáticas representam um dos principais fatores que explicam a recente alta no preço do café. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), as secas prolongadas e as ondas de calor têm deteriorado a qualidade e a quantidade da safra do grão.
Além disso, a dinâmica das exportações de café brasileiro, influenciada por sua posição dominante no mercado global como maior fornecedor, também contribui para as flutuações nos preços.
Perspectivas para o mercado de café nos próximos meses
Ao analisar o contexto atual, especialistas do setor apontam para um cenário volátil até, pelo menos, a metade de 2025. A previsão é de que os preços se mantenham elevados até a próxima safra, esperada para entre abril e maio.
Este período de incerteza pode se estender por dois a três meses, com uma lenta tentativa de estabilização fiscal a partir do segundo semestre. Eventualmente, espera-se que ocorra um arrefecimento nos preços do café, possibilitando uma redução gradual até o ano seguinte.
