O governo federal cancelou 325.475 cadastros do Bolsa Família entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, em 5.021 municípios do país.
Atualmente, 20,5 milhões de famílias continuam inscritas no Bolsa Família. Em comparação, o número era maior, com 20,8 milhões em dezembro do ano passado. Consequentemente, o gasto mensal com o programa diminuiu, passando de R$ 14,1 bilhões no final do ano passado para R$ 13,8 bilhões em janeiro.
Motivo da redução no número de beneficiários
A redução nos cadastros vem de uma averiguação cadastral rotineira que visa identificar e evitar fraudes.
O saldo de janeiro reflete uma diminuição de 1,1 milhão de famílias no programa desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse número, embora inferior ao registrado no auge da pandemia, ainda supera significativamente o patamar anterior à gestão de Jair Bolsonaro, período em que ocorreu um grande aumento nos beneficiários.
O que o governo diz sobre as mudanças?
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) explica que esta redução foi resultado de fatores como aumento de renda de algumas famílias e avanços no processo de cadastro.
Desde 2023, o governo federal vem qualificando os registros do Cadastro Único para avaliar a consistência das informações fornecidas. Este esforço tem o intuito de assegurar que os recursos cheguem a quem realmente precisa, garantindo a justiça social e o suporte às famílias em situação de vulnerabilidade.
Quais são os próximos passos?
O processo de averiguação cadastral e atividades de busca ativa continuarão sendo uma prioridade. Entre março de 2023 e julho de 2024, 4,23 milhões de novas famílias foram incluídas no programa.
Esta continuidade visa manter a eficácia do Bolsa Família como um instrumento de proteção social, ajustando a base de beneficiários conforme necessário para refletir mudanças econômicas e demográficas no país.