Recentemente, a Meta, empresa controladora de algumas das principais redes sociais do mundo, como Facebook e Instagram, tem enfrentado uma série de desafios.
O advogado Mark Lemley tomou a decisão de distanciar-se da companhia. Essa decisão seguiu-se a acusações de que Mark Zuckerberg teria promovido mudanças nos controles de conteúdo, alegando que essas novas direções flertam com a “masculinidade tóxica” e outras ideologias preocupantes, como o neonazismo.
Quais foram as motivações de Lemley para deixar a Meta?
O advogado listou várias ações pessoais a seguir, em resposta à guinada política e social da Meta. Ele começou desativando sua conta no Threads, expressando preferência pelo Bluesky.
Por questões éticas, Lemley também interrompeu suas compras motivadas por anúncios no Facebook e Instagram, desejando não apoiar plataformas alinhadas com os recentes posicionamentos da Meta.
Além disso, Lemley decidiu não mais representar a Meta como advogado, apesar de estar alinhado com a empresa em disputas de direitos autorais relacionadas à inteligência artificial (IA).
Mudanças corporativas na Meta sob a liderança de Zuckerberg
Ao longo dos últimos anos, a Meta vem realizando movimentos estratégicos que refletem mudanças em sua direção corporativa.
A suspensão de Donald Trump em 2021, após incidentes de violência no Capitólio, e a subsequente restauração de suas contas, demonstram a natureza dinâmica das políticas de conteúdo da empresa.
Em 2024, a Meta se viu novamente no centro de controvérsias, à medida que Trump ameaçava ações legais contra Zuckerberg devido ao suposto uso das plataformas contra sua campanha eleitoral.
A nomeação de Dana White, um aliado de Trump, para o conselho da empresa reforçou a percepção de um alinhamento político mais incisivo. As mudanças também incluíram a substituição de Nick Clegg por Joel Kaplan, marcando um reforço nas vozes republicanas na administração da empresa.
Como a indústria reage às decisões da Meta?
A resposta às mudanças na Meta tem sido mista. Internamente, colaboradores demonstram inquietação, enquanto externamente, a comunidade de usuários e parceiros da indústria observa com atenção.
As ações da Meta, como a doação a Trump e a inclusão de Dana White, sugerem uma estratégia focada em influências políticas. Por outro lado, críticos apontam riscos de alienação de partes significativas de sua base de usuários e eventuais impactos reputacionais.
Com a saída de figuras como Nick Clegg e a chegada de vozes alinhadas a um discurso mais conservador, a Meta enfrenta o desafio de harmonizar inovação e ideologia.