Ao olhar para o céu, muitas pessoas se perguntam sobre a temperatura e as condições climáticas além da nossa atmosfera. No entanto, o espaço acima da Terra é um ambiente vasto e extremamente frio. A ausência de uma atmosfera como a da Terra resulta em temperaturas baixíssimas, que chegam a -270ºC.
Essa temperatura extremamente baixa ocorre devido à falta de um meio de condução térmica no espaço sideral, tornando a radiação térmica o principal mecanismo de transferência de calor.
Nas órbitas próximas da Terra, por exemplo, as temperaturas variam significativamente, atingindo -180ºC na sombra do planeta e até 122ºC quando expostas diretamente ao Sol. Essa variação ocorre pela ausência de uma atmosfera que poderia atuar como um meio de retenção de calor, como acontece na Terra.
O espaço é quase totalmente desprovido de matéria, o que significa que não há partículas para conduzir calor por processos de convecção ou condução térmica. Além disso, a radiação cósmica de fundo, uma forma de radiação eletromagnética de baixa energia que permeia o Universo, contribui para o resfriamento dos objetos, absorvendo seu calor.
Esses fatores tornam o espaço um ambiente extremamente inóspito e frio, mesmo com a presença da radiação solar.
Qual é a cor do céu?
A cor do céu é um fenômeno fascinante que depende da interação da luz solar com a atmosfera da Terra. Durante o dia, o céu é geralmente percebido como azul. Isso ocorre porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera, é dispersa em todas as suas cores.
A luz azul, no entanto, é dispersa mais intensamente devido à sua menor frequência, fazendo com que o céu pareça predominantemente azul para os observadores na Terra.
A atmosfera terrestre é composta de gases como o oxigênio e o nitrogênio, que são responsáveis pela dispersão da luz em diferentes direções. Além disso, outros componentes, como a água e o ozônio, também desempenham um papel importante na coloração do céu. Eles absorvem as cores avermelhadas, permitindo que a luz azulada passe com mais intensidade.
No entanto, a cor do céu pode mudar ao longo do dia; durante o pôr do sol, por exemplo, o céu ganha tons alaranjados e avermelhados. Isso ocorre porque a luz do Sol precisa percorrer uma distância maior pela atmosfera, dispersando mais as cores de menor frequência e deixando que as cores de maior frequência, como o vermelho e o laranja, sejam mais visíveis.
Por que o céu parece ter poucas estrelas, mesmo sem nuvem?
Embora o céu noturno pareça ser um vasto campo estrelado, muitas vezes, ele aparenta ter poucas estrelas, mesmo em noites sem nuvens. Existem várias razões para isso.
Primeiramente, a maioria das estrelas está a distâncias extremamente grandes da Terra, tornando-as muito fracas para serem vistas a olho nu. Mesmo em condições ideais, apenas uma fração das estrelas existentes no Universo pode ser observada sem a ajuda de telescópios ou outros instrumentos.
Outro fator significativo que contribui para a diminuição da visibilidade das estrelas é a poluição luminosa. A luz artificial das cidades, conhecida como “skyglow”, ofusca o brilho natural das estrelas, tornando-as menos visíveis.
Um estudo mostrou que a poluição luminosa reduziu drasticamente o número de estrelas visíveis a olho nu entre 2011 e 2022. Por fim, as turbulências na atmosfera também afetam a visibilidade das estrelas. As estrelas “piscam” devido a essas turbulências, que desviam a luz das estrelas para direções diferentes, criando a ilusão de que há menos estrelas no céu.
Portanto, mesmo em uma noite sem nuvens, a combinação de distância, poluição luminosa e turbulências atmosféricas pode fazer com que o céu pareça ter menos estrelas do que realmente tem.
